Definindo a depressão e seus sintomas

Definindo a depressão e seus sintomas

Última atualização: 22 março, 2015

Hoje em dia utilizamos o termo “depressão” para definir quase qualquer comportamento que nos deixe tristes. Na sociedade, tende-se a chamar de depressão qualquer sofrimento; de forma que, algumas vezes, sintomas são confundidos e, em alguns casos, usam-se antidepressivos sem prescrição médica, quando na verdade, existem outras doenças além da depressão.

Critérios médicos que permitem o diagnóstico da depressão

É importante que tenhamos em conta que, para poder diagnosticar uma pessoa com depressão, os seguintes critérios diagnósticos devem ser cumpridos, segundo estabelece o DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais). Apesar disso, é possível que, em alguma ocasião, você tenha se identificado com os sintomas que aparecem a seguir: é por esse motivo que você não deve se alarmar e, em caso de dúvida, sempre consultar um profissional.

Para poder falar de depressão, pelo menos 5 dos seguintes sintomas devem estar presentes, durante um período mínimo de duas semanas consecutivas.

  1. Estado de ânimo depressivo, no qual a pessoa se sente, na maior parte do tempo, sem vontade de fazer nada. A pessoa se descreve dessa forma, e as que a cercam também a descrevem da mesma maneira.
  2. Perda de interesse pela realização de atividades diárias, das quais desfrutava anteriormente. Não só perdeu o interesse, como também, em alguns casos, abandonou ou deixou de fazer certas atividades.
  3. Durante um mês, apresentou uma mudança significativa de peso (aumento ou diminuição), cerca de 5% de diferença com o que pesava normalmente. Esta perda de peso não se deve aos efeitos de uma dieta.
  4. Sente mais sono do que o normal, ou não consegue dormir nada durante a noite. O sono mudou nas últimas semanas.
  5. Perda de energia e presença constante de fadiga. Cansaço na maior parte do dia, inclusive sem fazer nada.
  6. Sentimentos de  inutilidade ou culpabilização excessivos e inapropriados, quase na maior parte do dia e por quase todas as coisas.
  7. Dificuldade para pensar ou para se concentrar, além de indecisão e dificuldade para tomar decisões, por mais simples que ela possam parecer.
  8. Pensamentos recorrentes de morte, às vezes medo da morte, às vezes pensamentos e, inclusive, atitudes suicidas, com ou sem um plano específico.

Se além de tudo isso, apresenta também queda de rendimento no trabalho, deterioração social, familiar, de relacionamentos e todos estes sintomas não se deverem ao consumo de nenhuma substância ou medicamento, estes sentimentos de tristeza devem ser analisados por um profissional. Nunca se autodiagnostique, nem se automedique.

Entretanto, é comum, após uma perda ou luto sentir alguns dos sintomas anteriores, já que o luto dói e afeta nossa rotina diária. Por esta e por outras razões, somente um profissional pode diagnosticar uma depressão e medicá-la, se for preciso.

Como agir diante de uma depressão

Caso você esteja com alguns dos sintomas citados acima, lembre-se de que nem a automedicação, nem o autodiagnóstico irão te ajudar. Procure a ajuda de um profissional, até mesmo do médico de sua família, pois ele poderá dar as orientações adequadas.

Não tente se isolar, mesmo que, no momento, seja o que você mais quer fazer. É importante se esforçar e começar a fazer aquelas coisas das quais gostava, sempre na companhia de pessoas que possam vir a te ajudar.

É muito importante enfrentar as situações estressantes que fazem com que nos sintamos mal, assim podemos ir fechando as feridas e lidando com elas. Em muitos casos, um  psicólogo  te ajudará a encontrar uma saída das “pequenas coisas” que te causam um enorme peso – mesmo que para os outros pareçam apenas “pequenas coisas”.

E se lembre, como dizia o poeta Amado Nervo, “A vida é triste, ou sou eu quem é triste?”. Todos nós já nos sentimos tristes em algum momento, e isso é normal, pois a felicidade e a alegria contínua não existem. A felicidade está no percurso do dia a dia, em como enfrentamos os obstáculos que aparecem e em como aprendemos com eles, perseguindo as metas desejadas.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.