A linguagem dos olhos

A linguagem dos olhos

Última atualização: 07 maio, 2015

A comunicação verbal abrange apenas uma pequena parte do que estamos constantemente expressando. Nossas palavras nem sempre comunicam o que realmente queremos dizer; elas são filtradas pelos condicionamentos sociais ou pelas circunstâncias. Algo muito diferente ocorre com os olhos, por isso são chamados de “janelas da alma”.

A linguagem dos olhos é basicamente inconsciente. Não temos controle sobre a forma de olhar, a dilatação das pupilas ou a umidade dos olhos. Essas informações trazem à tona o que passa pela nossa cabeça.

A linguagem das pupilas

As pupilas trazem mensagens muito sutis, que muitas vezes passam despercebidas. No entanto, elas têm uma linguagem própria que é possível decifrar. O aspecto mais visível é a dilatação das pupilas, que muda automaticamente de tamanho de acordo com as circunstâncias e sem a nossa intervenção.

Normalmente as pupilas se dilatam quando vemos um objeto interessante e que aceitamos sem hesitação, ou então na penumbra, quando temos dificuldade de enxergar alguma coisa. Se as condições de iluminação e visibilidade são normais, a dilatação da pupila é sinal de interesse e atração.

O contrário também é verdadeiro. Quando estamos diante de algo que rejeitamos ou sentimos medo, as pupilas se contraem. As pupilas contraídas demonstram hostilidade ou mau humor, mesmo que não estejamos olhando diretamente para o objeto que nos desagrada.

Esse é um conhecimento intuitivo que é utilizado há muito tempo. As prostitutas chinesas e egípcias da antiguidade utilizavam beladona nos olhos para aumentar o tamanho das suas pupilas. Acreditavam que isso as tornava mais atraentes.

Se pararmos para observar, além de semicerrar os olhos, uma pessoa que está pronta para atacar tem as pupilas contraídas.

A movimentação dos olhos

Os olhos estão sempre se movimentando, inclusive quando estamos dormindo. São movimentos nas pálpebras ou no globo ocular, difíceis de captar. Mas existem alguns movimentos que conseguimos analisar e explicar.

Por exemplo, se os olhos se movem para cima e se inclinam para a direita, a pessoa está tentando acionar os mecanismos de memória do cérebro, procurando se lembrar de situações ou fatos do passado. Se o movimento for para cima e para esquerda, ativamos as funções relacionadas com a criatividade. Esse movimento ocorre quando capturamos uma imagem que nos agrada. O campo visual ativa a criatividade.

Alinhar os olhos para baixo indica que estamos introspectivos. Se o olhar se dirige para esquerda, indica que a pessoa está analisando uma situação ou uma mensagem. Se o olhar se dirige para a direita, significa que está realizando um processo de memória relacionado com as sensações físicas.

Os movimentos dos olhos para a esquerda indicam que um processo criativo está ativado. Os movimentos para a direita indicam a ativação de um processo de memória. Em ambos os casos, se referem às experiências relacionadas com o som.

Esses são alguns exemplos, desse vasto universo que é a comunicação não verbal. São úteis para desvendar o que dizem as pessoas com quem falamos e podem ter um valor significativo porque conseguem revelar dados isolados que estão gravados em nossa memória.


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