O que não se vê por trás da máscara

O que não se vê por trás da máscara

Última atualização: 16 fevereiro, 2022

Escolher a própria máscara é o primeiro gesto voluntário humano. E é solitário.

Clarice Lispector.

Muitas pessoas têm sucesso, são felizes, ou possuem uma vida aparentemente perfeita. Realmente é assim? Não. Muitas delas aparentam algo que não são. Isso é o que se chama de “vestir a máscara”.

Pessoas deprimidas que se mostram otimistas, pessoas ansiosas que se mostram relaxadas. Pessoas que usam uma máscara para que os outros não as vejam como realmente são. Quer saber quais são as máscaras que colocamos e as suas causas? Veja a seguir!

O controlador

Uma pessoa controladora em todos os sentidos da sua vida pode ser alguém que foi traído.  Diante dessa dor, a pessoa desenvolverá uma conduta que lhe permitirá se assegurar de que todos os demais cumpram as suas promessas. Dessa maneira, evitará que voltem a lhe trair mais uma vez. 

O controlador tem uma face oculta conhecida como insegurança. Por isso, controlar tudo é primordial, inclusive de forma exagerada. A máscara o protege da dor de uma nova traição, enquanto tenta fazer com que isso não aconteça novamente. 

O rígido

Uma pessoa rígida pode ter sofrido anteriormente uma situação de suma injustiça. Diante desse fato, ela se torna inflexível buscando sempre a justiça e a exatidão das coisas.

Uma pessoa rígida se transforma em uma pessoa perfeccionistaTanto que chega a ser uma atitude obsessiva. Mas vamos nos colocar em seu lugar! Não gostamos de injustiças, elas nos confundem. Ter tudo perfeitamente estudado e estipulado evitará que a injustiça bata à porta. É por isso que os rígidos agem assim.

O dependente

Uma pessoa dependente, talvez, leve consigo uma grave dor pelo sentimento de abandono. Essa ferida provoca o desapego a qualquer pessoa, para não se sentir abandonado de novo. Isso evita que qualquer relação se torne séria e rejeita-se a ideia de viver com alguém.

A dor pelo abandono é terrível. A pessoa dependente realmente não o é! Pelo contrário, sofre no seu mais íntimo por não poder, se não depender de alguém, confiar que as pessoas importantes para ela nunca a abandonem.

O que foge

A pessoa que foge rejeita estar em companhia. Prefere a solidão, os momentos de calma. Rejeita totalmente ser o centro das atenções, algo que lhe faz mal. Uma pessoa que foge o faz porque foi rejeitado e isso provocou tamanha ferida que só é possível evitá-la.

Os que fogem não suportam não saber como agir em determinadas situações, não suportam passar vergonha ou se sentir perdidos. Simplesmente porque isso fará com que os outros o rejeitem. Na sua solidão, não são vulneráveis e nem inseguros. A máscara os protege daquilo que machuca. É covardia? Não. É apenas evitar aquilo que sabemos que não podemos controlar.

O masoquista

A pessoa masoquista pode ser um masoquista mental ou emocional. Essa atitude surge por conta de um sentimento de humilhação e vergonha por causa de uma situação passada. Isso faz com que a sua atitude seja sempre a de resolver os problemas dos outros, fazendo tudo por eles enquanto se rebaixa e se humilha. A pessoa precisa disso.

O masoquista não faz como os anteriores, que evitam ou tentam escapar das suas feridas. O masoquista enfrenta aquilo que dói na busca por mais dor. Fizeram-lhe algum dano e ele não tinha o controle. Agora o tem e é ele quem decide o que lhe fará dano. No seu íntimo, isso lhe ajuda a enfrentar essa situação.

Máscaras

Como vimos, há diferentes máscaras que podemos utilizar por causa de uma ferida emocional que sofremos. Você tem alguma máscara das citadas anteriormente? Conhece alguém que use alguma? É fácil identificar uma pessoa que usa máscara pois, em algum momento, seu eu escondido aflora.

O melhor é superar aquilo que nos provoca medo. Talvez o masoquista seja duro com ele mesmo, mas ao menos enfrenta a sua dor. Isso pode fazê-lo mais forte e ajudá-lo a superar o seu trauma ou, ao contrário, seguir machucando-o. O que você pensa sobre tudo isso? Esperamos as suas respostas!


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.