O amor não correspondido

O amor não correspondido
Elena Sanz

Escrito e verificado por a psicóloga Elena Sanz.

Última atualização: 22 dezembro, 2022

O amor não correspondido é algo normal, quase todos nós já passamos por isso alguma vez na vida. Fixamos-nos em pessoas inadequadas e que não sentiam o mesmo. O que gostaria de transmitir neste artigo, é que você não deve encarar um amor não correspondido como se algo estivesse errado com você, isso não tem nada a ver com o seu valor pessoal.

Vejo à minha volta muitas pessoas dependentes emocionalmente de pessoas que não podem lhes proporcionar felicidade, parecemos viver uma epidemia de amor patológico e o pior é que elas não percebem que têm um problema, precisam procurar pessoas mais alcançáveis. Muitas vezes, por trás da frase “nunca me correspondem, que má sorte”, se esconde o medo de assumir um compromisso, fazendo com que nos envolvamos inconscientemente com pessoas que estão fora do nosso alcance, ou a desculpa de que já namorou por muito tempo, está casado, ou a diferença de idade é importante demais, etc…

Assim, fixando-se em alguém incompatível conosco, não corremos o risco de nos comprometer. Muitos, sem se dar conta, se envolvem em amores platônicos nos quais a pessoa se conforma com a amizade de quem se ama, mesmo que não leve a nada, vivem de ilusões, sem entender que o que deveria ser feito é cortar o contato e continuar conhecendo outras pessoas. Do contrário, cairá numa estagnação amorosa.

O amor é pura química

Você já parou para pensar o porquê de se apaixonar por certas pessoas e não por outras? Com certeza já conheceu pessoas bonitas e ideais, mas sem saber por que, não se sentiu atraído. E também o contrário, você pode já ter conhecido alguém que não fosse especialmente bonito, mas tinha algo que te atraiu. É difícil racionalizar o amor. Ele não depende da beleza, nem do cargo que ocupa, nem do nível cultural ou econômico, depende mais da química e das emoções que se formam ao pensar em alguém, mas o amor não correspondido não deve fazer mal a sua autoestima. A química não tem explicação, se ativa com algumas pessoas e com outras não.

4 conselhos para que você não sofra demais por amor

 

1. Encare o problema de frente: Quando sentir algo importante por alguém, não prolongue a situação. Passar anos mantendo uma amizade com alguém por quem você está apaixonado/a será prejudicial para você. Quanto mais tempo passar, pior será. Você evitará maiores sofrimentos se tiver coragem para enfrentar a situação e dizer à pessoa o que sente, assim o problema será solucionado de uma vez por todas, e se não for recíproco, pelo menos não ficará dependente de alguém que não era para você e que te impedia de conhecer outras pessoas que estejam interessadas.

2. O am or não foi feito para sofrer: Se está saindo com alguém que te proporciona mais sofrimento que alegrias, é hora de pensar se vale a pena viver assim. Um amor saudável não faz sofrer, um amor saudável recebe igualmente o que dá. Os casais se formam para aumentar a felicidade, e não para sabotá-la.

3. Coloque os pés no chão:  Pare de sonhar com amores platônicos, seja realista e se alguém não for ideal para você, corte o contato e elimine as lembranças. Aprenda a manter o foco no que é real e alcançável e trate de conhecer pessoas novas com o perfil que te interesse como par. Dessa maneira, se do contato amigável surgir algo, já está diante da pessoa adequada.

4. Não permita a incerteza: Muitos casais pedem um tempo, precisam de espaço para se decidir. Não permita esta incerteza por muito tempo. Normalmente quem precisa de muito tempo para se decidir já não está apaixonado/a. Não digo que é sempre assim, mas seja qual for o motivo que leva alguém a se distanciar, é preciso demonstrar respeito à outra pessoa e não demorar muito para dar uma resposta clara. Não deixe que brinquem com a sua vida e com o seu tempo, exija respeito. Elimine a necessidade de ter um par para se sentir feliz, as melhores oportunidades surgem quando a pessoa se sente bem consigo mesma, mesmo estando solteira.


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  • Stamateas, B. (2012). Heridas emocionales. B De Books.
  • Rosales, G. F. LA FÓRMULA QUÍMICA DE CUPIDO.

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