O cérebro tem sexo?

O cérebro tem sexo?

Última atualização: 07 maio, 2015

A experiência tem nos mostrado que podemos ser o que quisermos: astronautas, artistas, aspirantes ao Prêmio Nobel e até mesmo Presidentes da República. Em relação ao coeficiente de inteligência, não existe diferença entre homens e mulheres.

No entanto, a biologia nos deu uma aparência diferente e algumas diferenças cerebrais que levantam a questão: o cérebro tem sexo?

1- Origem feminina

Vamos fazer uma avaliação simples da genética: as mulheres têm o cromossomo XX e os homens XY. Mas isso nem sempre foi assim. Até mais ou menos oito semanas de vida fetal, todos nós temos circuitos cerebrais do tipo feminino. Nessa fase, os testículos do feto masculino se desenvolvem e liberam grandes quantidades de testosterona, que inundam seus circuitos cerebrais, transformando o feto feminino em masculino. É um processo surpreendente.

2- Cérebro feminino e cérebro masculino

A aventura da sexualização cerebral não termina após o nascimento. Os hormônios continuam trabalhando até chegar a um processo interessante que os cientistas chamam de “puberdade infantil”. Os meninos têm um aumento da testosterona desde o nascimento até sete ou nove meses, enquanto que as meninas segregam estrogênio para o cérebro até dois anos.

Aos poucos, os cérebros vão se formando e essas diferenças estruturais e comportamentais nem sempre podem ser observadas através de uma ressonância magnética. Podemos dizer que homens e mulheres possuem um “hardware”, que processa informações de formas diferentes. O cérebro masculino, que é maior, resolve problemas utilizando o sistema de ligação temporoparietal, localizado no córtex cerebral, o que permite encontrar soluções de forma mais rápida e prática.

As mulheres desenvolvem melhor a inteligência emocional, pois o seu hipocampo, que é um pouco maior, é uma estrutura que registra e armazena os aspectos emocionais. Além disso, possuem um maior número de neurônios espelho para a empatia, que se traduz num processo empático mais eficiente e uma comunicação mais efetiva.

Somos escravos dos hormônios?

O que somos e o que expressamos não vêm somente dos nossos circuitos cerebrais e nem do fato de termos um cérebro masculino ou feminino. É verdade que os hormônios influenciam, mas somos criaturas pensantes e aprendemos mais a cada dia. Somos livres para sentir, refletir, aprender e mudar nossos comportamentos.


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