O verdadeiro amor não se conhece pelo que exige, mas por aquilo que oferece

O verdadeiro amor não se conhece pelo que exige, mas por aquilo que oferece

Última atualização: 14 janeiro, 2016

“Ao longo da minha vida, eu entendi o amor como uma espécie de escravidão consensual.

Mas não é bem assim: Existe liberdade somente quando existe amor. Quem está totalmente entregue, que se sente livre, mais ama.

E quem ama se sente livre. No amor, cada um de nós é responsável pelo que sente, e não se pode culpar o outro por isso.

Ninguém perde ninguém, porque ninguém é dono de ninguém.

E esta é a verdadeira experiência de liberdade: ter o mais importante do mundo sem possuí-lo”.

– Onze Minutos, de Paulo Coelho –

O amor não é controle ou exigência, é liberdade e confiança. No entanto, a escravidão emocional é muito mais comum do que gostaríamos de admitir.

Conhecemos muito bem a teoria, mas a não colocamos em prática. Ou seja, quem se atreve a dizer ao seu parceiro que não precisa dele para viver, mas que o escolheu? Praticamente ninguém.

Isso acontece porque não estamos realmente conscientes do que significa dizer para alguém “não posso viver sem você”. A medida que pronunciamos essas palavras ou expressões similares, estamos pressionando nosso parceiro.

Sem dúvida é uma pressão muito sutil, porque a nossa intenção não é responsabilizá-lo pela nossa felicidade ou pela nossa vida. No entanto, estamos desequilibrando a balança do amor com essas expectativas.

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Às vezes não nos apaixonamos, nos escravizamos

A verdade é que o amor e a dependência não conseguem coexistir, porque o amor se transforma em uma prisão emocional. Mesmo que o relacionamento continue, o amor será ofuscado pela dependência.

No entanto, demoramos tanto a perceber que não construímos uma relação harmoniosa, que acabamos pedindo ao destino que algo mude para podermos ser felizes.

Acreditamos que o amor é um conto de fadas, com príncipes e princesas, onde tudo acaba bem. No entanto,”felizes para sempre” só existe nos filmes.

Nesse sentido, achamos que o correto é se conformar com a segurança que sentimos quanto temos alguém ao nosso lado. Na verdade, os únicos que podem trazer felicidade e estabilidade para nossa vida somos nós mesmos.

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Somos frutas inteiras e não metades da laranja

“Nos fizeram acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e a vida só terá sentido quando encontrarmos a outra metade. Não fomos informados de que nascemos inteiros, que ninguém merece carregar a responsabilidade de completar o que nos falta…”

– John Lennon –

O amor é saudável quando não exigimos nada de ninguém. Amar é compartilhar; é uma troca de carinhos e cuidados.

O amor durará o tempo que for cuidado. Por isso, é muito importante refletir sobre o que esperamos de nós mesmos, do nosso relacionamento e do outro.

Amar a si mesmo não é um privilégio reservado para poucos, mas um troféu que está ao alcance de todos. Podemos até mesmo adorar nosso parceiro, mas sempre de uma forma que nos permita crescer como pessoa, amadurecer o relacionamento e cuidar da nossa autoestima.

Ter isto em mente significa respeitar-se plenamente e ter a garantia de um relacionamento saudável, que não trará sofrimento ao casal. No amor, nem tudo é permitido, principalmente exigências e constrangimentos.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.